A Coruja de Minerva
Vigilante na escuridão

A coruja demonstra uma alerta constante, é símbolo da vigilância, está sempre apta para sobreviver na noite e sempre atenta aos perigos da escuridão. Nas moedas mais antigas da Grécia é muito comum encontrarmos a figura desse animal tão prudente, talvez mostrando com isso que a cultura grega antiga estava sempre vigilante e a frente dos outros povos. Em grego, coruja é gláuks “brilhante, cintilante”. Um dos epítetos da deusa Athena é “a de olhos gláucos”, ou seja, a que enxerga além do que todos vêem.



A Coruja e a Sabedoria

O filósofo alemão Friedrich Hegel em sua obra 'Filosofia do Direito' ilustra muito bem a harmoniosa relação entre a coruja e a filosofia. Escreve ele: “A coruja de Minerva alça seu vôo somente com o início do crepúsculo”. O papel da filosofia é justamente elucidar o que não é claro ao censo comum, é alertar acerca da vida. O crepúsculo é o linear do dia para a coruja, enquanto cessamos nossas obras e nos recolhemos em nossos lares, a coruja “alça seu vôo” a trabalho. É a noite que a fascina, por isso seu nome em latim: Noctua, “ave da noite”. Não é a beleza o seu destaque, mas é a capacidade de ver o que aves diurnas não conseguem ver. Seu pescoço gira 360º, dando-lhe uma visão completa capacitando-a a ver o todo. É também uma ave de rapina, rápida na escolha, e que por ver a presa e não ser vista, sempre tem sucesso na caça, apanhando os despreparados e desprovidos que se arriscam na noite escura.


São essas as características que um filósofo deve possuir. Enxergar o que outras pessoas não conseguem ver, ter uma visão do todo, ou seja, uma visão que abarque todos os ângulos da realidade. Deve ser capaz de articular os pensamentos contra seus adversários. É preciso raptar as bases dos argumentos dos oponentes. Também, deve-se raptar aqueles que estão se enveredando por caminhos de erros e por enxergarmos na noite quando outros não vêem, podemos ajuda-los e conduzi-los (pelo argumento) a desfechos virtuosos.


Sócrates é um fiel representante dessa relação coruja-filosofia, acusado de “raptar” jovens atenienses - pois enxergava a frente de seu tempo - foi condenado a morte. Diferente de Platão, também não era sua beleza que o projetava, mas sim sua inigualável sabedoria. Sócrates era mestre na argumentação, conduzia as pessoas a “darem luz às suas idéias”, ensinava nas praças e ruas, era um homem livre para expor seus argumentos que por muitas vezes ironizava o oponente. Era de fato uma figura “corujesca”, feia como uma coruja a luz do dia, mas sagaz como na noite. Que logo se levante homens de sabedoria alçando vôo na necessidade, que logo a Coruja de Minerva com seus olhos gláucos enxergue nesses dias de trevas soluções para uma vida voltada ao bem.


O que a Coruja de Minerva significa?



A Coruja de Minerva tem grande significado filosófico. Minerva é uma deusa romana. Sua equivalente grega é Athena. Se observarmos a cultura grega, ou mais precisamente sua mitologia, veremos a deusa sempre acompanhada por uma coruja. Athena ou Palas Athena é a deusa da sabedoria e da justiça, filha do poderoso Zeus e Métis, deusa da prudência e a primeira esposa de Zeus. As aves são os seres mais próximos dos céus, logo, mais próximos dos deuses. Comum vermos a soberana águia acompanhando sempre o portentoso Zeus, o PAI dos deuses gregos.


Esta figura serviu de inspiração para Weishaupt criar a simbologia da "coruja sobre um livro" que seria adotada para a Classe Minerval dos Illuminati da Baviera
 
A pequena Coruja de Minerva utilizada pelos Illuminati como o Selo da Classe Minerval.
Replica atual da Joia da Classe Minerval utilizada pela antiga ordem dos Illuminati da Baviera.

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